Minas Gerais
04.12.2025
Estudantes do Ensino Médio em Tempo Integral (EMTI) profissionalizante da Escola Estadual Frei Eustáquio, localizada em Santo Hipólito, desenvolveram um projeto que une tecnologia, criatividade e compromisso social: um óculos com sensor capaz de identificar obstáculos e emitir sinais sonoros, auxiliando pessoas com deficiência visual a se locomoverem com mais segurança.
A iniciativa foi orientada pelo professor do curso técnico de informática, Otávio Luis Aguilar. Segundo ele, a proposta surgiu da necessidade de finalizar o semestre com um trabalho que aplicasse, na prática, todo o conteúdo aprendido ao longo das aulas. “Queríamos um projeto que realmente tivesse impacto e trouxesse acessibilidade. Os alunos se empolgaram desde as primeiras pesquisas até a montagem final”, conta.
Aprendizado que transforma e inspira
O projeto envolveu todas as etapas de criação: concepção da ideia, pesquisas, elaboração do protótipo físico e gravação de um vídeo explicando o funcionamento do equipamento. Para os estudantes, a experiência representou uma oportunidade de consolidar conhecimentos e, ao mesmo tempo, contribuir para a sociedade.
Nicolly Vitória da Silva, aluna do 2º ano do EMTI, participou do desenvolvimento visual do protótipo e da produção do vídeo de apresentação. Ela ressalta a relevância da iniciativa: “Foi uma experiência muito boa e necessária. Colocamos em prática tudo o que aprendemos e ainda criamos algo importante para oferecer acessibilidade às pessoas com deficiência visual”.
Para a estudante Katlen Cristielly Barbosa de Brito, também do 2º ano EMTI, o projeto marcou um novo capítulo na história da escola. “É o primeiro projeto desse tipo que desenvolvemos aqui. Foi inovador e despertou o interesse de todos, tanto de quem participou quanto de quem conheceu o resultado final. Esse incentivo faz diferença e mostra o quanto podemos avançar”.
Tecnologia como ferramenta de inclusão
O professor Otávio destaca que o trabalho evidencia o aprendizado adquirido pelos estudantes ao longo do curso. “É um projeto complexo, que envolve eletrônica e programação. O envolvimento dos alunos mostra que o curso está funcionando e impactando positivamente a formação deles”, afirma.