Potiguares levam voz da EJA ao encontro regional no Piauí

Rio Grande do Norte

25.09.2025

Uma delegação formada por nove educadores, dois observadores e uma estudante do Rio Grande do Norte participou do Encontro Regional Nordeste de Educação de Jovens e Adultos (VIII EREJA), realizado entre os dias 23 e 25 de setembro em Teresina (PI). O evento reuniu representantes dos fóruns estaduais da EJA em todos os estados nordestinos, sob o tema “Estado, democracia e educação: do direito à educação à construção da cidadania ativa”.

A programação debateu o cenário atual das políticas para a modalidade no Brasil e definiu encaminhamentos dos fóruns em torno de questões como o Plano Nacional de Educação (PNE), os planos estaduais e municipais e a participação no Pacto EJA. As discussões buscaram reafirmar a modalidade como um direito fundamental de todas as pessoas a partir dos 15 anos que não iniciaram ou não concluíram a Educação Básica.

Entre os representantes potiguares esteve a estudante Sayanara Rayane da Cruz Silva, da Escola Estadual 4 de Março, em Canguaretama. Ela participou das falas de estudantes do Nordeste, relatando como a EJA transformou sua vida e pode abrir caminhos para outros jovens, adultos e idosos. “A EJA representa um espaço familiar, onde eu fui acolhida, recebida de braços abertos e, independente dos pensamentos de desistência, recebi apoio de professores, gestões e também de colegas que me aconselharam a continuar. A EJA significa família, apoio, consolo e conforto. Foi uma oportunidade estar aqui no evento, acredito que não só para mim, mas para muitos outros que puderam testemunhar e propor melhorias. Também foi uma oportunidade que pode ir mais além e que coisas melhores estarão por vir”, destacou a estudante.

A delegação potiguar contou com apoio da Secretaria de Estado da Educação, do Esporte e do Lazer (SEEC), que viabilizou transporte, hospedagem e alimentação dos participantes. Para a secretária de Educação do RN, Socorro Batista, a presença no encontro fortalece o papel do Estado na construção de políticas inclusivas. “A EJA é uma modalidade essencial para garantir o direito à educação e ampliar a cidadania. Apoiar a participação dos nossos educadores e estudantes nesses espaços de diálogo é investir em uma educação mais justa e igualitária”, afirmou.